Vou pedir
licença ao meu ídolo Machado de Assis e utilizar o mesmo recurso dele em
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” (mal começo e já estou pretensiosa, né?): começar pelo final. Talvez faça total
sentido eu me inspirar nessa obra, uma vez que toda essa observação começou
depois que um relacionamento meu acabou, morreu. Uma defunta-blogueira ou uma blogueira-defunta?? rs
Mas o que
acontece quando terminamos um relacionamento? Para escrever sobre isso, preciso
falar sobre o quase fim (é lá que tudo acontece, é lá que está o fim de
verdade)…
As pessoas
cometem um erro terrível em acreditar que realmente podem manter o “mi mi mi”
inicial para o resto da vida. E não venha me falar que você já sabe disso e
que não pensa assim, porque os vapores de uma paixão nos deixam cegos e a gente
esquece de tudo aquilo que a gente jurou de pé junto que NUNCA mais faríamos.
Eu
definitivamente não sou uma pessoa de “mi mi mis”, mas sei que gasto o
pouquinho que tenho lá no comecinho.
Mas e aí? O
que isso tem a ver com o fim? TUDO! Quando a gente está no quase fim, começa a
procurar aquele mel todo que tinha lá no começo e que não existe mais: mas
antes ele/ela me ligava todos os dias, falava que me amava a cada segundo, nos
víamos quase todos os dias, ele/ela se cuidava mais e cuidava mais de mim...
A gente se
esquece de lembrar que a gente vai mudando, que os nossos objetivos vão
mudando, que nossas vontades vão mudando e que o relacionamento vai mudando
também e que a intimidade faz a gente mostrar todos os nossos lados: o melhor e o pior. É com quem a gente tem mais intimidade que a gente pode soltar os cachorros e descontar qualquer outra coisa ruim que esteja acontecendo nas nossas vidas.
ÓBVIO, né? Mas lá dentro a gente não se lembra disso. Vamos lá, gente! Ainda bem que a
gente muda! Imagina você namorar aquele(a) moleque/menina o resto da sua vida? Só que a gente deveria amadurecer um pouco mais para entender todas
essas mudanças.
Bom, a real
é que a gente começa a ficar descontente e começa a procurar pelo em ovo. E
tudo o que serve para justificar o porquê das coisas terem se amornado será
utilizado. O problema é que a gente procura tudo isso no outro: ele/ela não faz
mais isso… E nunca na gente...
Mas será
que um dia ele/ela realmente fez? Ou a gente criou essa pessoa na nossa imaginação?
Na boa, você acha realmente que o cara/a
mina deixa de cuidar você em um determinado momento? Impossível! Quanto
mais envolvido, mais preocupado ficamos! A verdade é que a pessoa NUNCA
se preocupou com você. Ou você não via, ou fingia não ver.
E o
resultado de tudo isso? Juntamos um arsenal de coisas, bombardiamos nosso(a)
parceiro(a) e as coisas vão virando bola de neve. Até que um dos lados (ou os
2) perde a admiração pelo outro. Às vezes partimos para a ignorância...
Nessa hora
a gente tem algumas opções:
- Aceitamos
e continuamos do jeito que está sem tomar uma ação e pensando como poderia ser
se algo mudasse (nesse caso a gente pode optar por ter a famosa DR ou não, vai
de estilo de cada casal)
- Continuar
do jeito que está e buscar algumas fugas, como uma traição. DRs também podem aparecer por aqui
- Acabar
tudo! As pessoas tem medo dela e não veem como uma saída, mas, às vezes, é a mais honrosa!
Essa última
opção pode ser feita de várias formas: ir lá e dizer que tudo acabou (o que
exige muita, mas muita coragem) ou ficar provocando o outro para ele tomar
decisão (curiosamente é a forma mais utilizada e a mais catastrófica)
Engraçado
que às vezes a bola de neve é tão grande que a gente não sabe quem começou a
provocar o(a) parceiro(a).
Dica: se você perceber que o outro está te
provocando, tenta alertar o outro ;)
Mas e aí?
Quando tudo se danou? Isso acontece quando a admiração acaba. A gente não
percebe, mas isso sempre acontece: seja quando descobrimos uma traição, quando
a gente mais precisava do apoio da pessoa e ela não estava ao nosso lado,
quando alguém parte para a agressão, quando descobrimos alguma coisa sobre a
pessoa que vai contra os nossos valores, quando a pessoa deixa de se cuidar, quando você compara o estilo de vida com o de outras pessoas e acha que há algo de errado... Enfim, são muitas as oportunidades de perder a admiração pelo(a) parceiro(a).
Aí já era!
Tudo muda!
E tudo
termina, então? Não necessariamente… A gente pode optar por recontruir a
relação, sim! Mas sempre com um fantasma do passado.
É sempre
uma escolha e a gente tem que estar ciente dela para não se arrepender e saber
como conviver com esses fantasmas… O melhor é apagá-lo, sem deixar nenhum vestígio... Difíiiicil, mas possível.
Um tempo sim, pode ajudar a apagar isso tudo.
Eu
definitivamente acho que a gente sempre pode insistir (apesar de eu nunca
conseguir fazer isso e me cansar de lutar por qualquer relacionamento acabado)…
mas tenho excelentes exemplos de que isso é possível e admiro aqueles que
conseguem.
Só de verdade eu não acredito que seja possível num momento como esse aprofundar mais a relação: se está ficando, decidir namorar; se está namorando, decidir casar...
Mas e se o
fim é inevitável?
Bom isso é
matéria para outro post porque esse já está grande demais ;)
Rita, amei!!! Muito bom mesmo...Tenho certeza que ajudará muitas pessoas inexperientes ou indecisas ou ambas, rss. Vou aguardar a próxima postagem na maior expectativa!!!
ResponderExcluirHeeeeey! Olha quem virou blogueira! =)
ResponderExcluirBem vinda à blogosfera!
Bjs!
Dri Zakzuk
http://www.zakzuk.com.br
Pois é... demorou mas nasceu!! Nao sei associar os blogs, mas bem q eu tentei colocar o teu aqui...
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